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Liberdade às vozes libertadoras


Olá queridas! Tudo bem com vocês?

Hoje, com muito carinho, inauguramos mais um quadro do blog. Esta seção, que terá lugar todas as quintas, levará o nome de “A idade vai. O estilo fica.”, fazendo referência a como nós todas podemos ficar antigas sem ficar velhas. Ou seja, aumentar nossa idade sem ver isso de modo negativo e sem que isso nos faça pessoas paradas ou passivas. Ação sempre, guerreiras!

Como postagem inicial, resolvi falar de uma mulher que admiro muito e que, assim como ou até mais do que todas nós, representa este símbolo da guerreira. Estou falando de Patrícia Galvão, mais conhecida como Pagu, a musa do modernismo brasileiro. Pagu foi uma mulher que definitivamente nasceu para entrar para a história.

E não estou falando só da história política, onde se destacou muito! Foi líder do movimento feminista, além de ter sido nossa primeira presa política. Aliás, a mulher lutou tanto, mas tanto, para que nos libertássemos e saíssemos de obrigações e fardos morais, que foi presa mais de 15 vezes! E olha que viveu só 52 anos (1910 – 1962).

O que quero destacar aqui é o lado de Pagu que muitas não conhecem: O seu estilo. Creio que ela vestia o que pregava e escrevia: Vanguardista, ela estava à frente de seu tempo. Contestava a ordem e não tinha papas na língua. Foi capaz de inaugurar o novo e ditar tendência. Foi um ícone. Isso pode parecer exagero de minha parte, mas pense em uma mulher que durante anos sombrios de ditadura e moralização contra nós, mulheres, desafiava a moral desfilando pelas ruas com batons bem escuros nos lábios, transparências e peças consideradas “curtíssimas demais” para a época. Por muitas vezes, largava de lado vestidos para usar camisões e bermudas. Quando jovem, usou roupas feitas por seus próprios pais, assim como eu também usei, aliás (em Barbalha, onde nasci, é costume fazermos nossas próprias roupas). E mesmo assim, foi um dos maiores modelos de estilo que existiu no Brasil.

Pagu sempre foi autêntica. Pagu em momento algum teve medo de agir e lutar por aquilo que considerava certo e, acima de tudo, por aquilo que considerava justo. Dos 15 aos 52 anos, fez inúmeras publicações (foi jornalista e escritora também!!) e participou com destaque de muitos movimentos feministas. Em momento algum abandonou seu estilo ou se “adequou aos padrões de pensamento” para ser aceita. Em nenhum momento aceitou com passividade o que a sociedade queria impor.

​ Assim temos que ser nós. Temos que deixar que os anos passem, porque isso não podemos evitar. Mas sim devemos evitar que eles nos corroam e, acima de tudo, temos que dar o nosso exemplo para que a imagem do “velho, corcunda, vovô, que não sai de casa” seja deixada para trás. Liberdade às vozes libertadoras!

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