Bill Cunningham: Morre um ícone da moda global.
Queridas... hoje nosso dia amanheceu um pouco mais triste. Partiu no início deste final de semana (sábado) um grande ser humano e um grande profissional que deixou sua marca no mundo da moda, mesmo sem nunca ter desfilado em uma passarela.
E quem disse que para marcar seu nome nesse concorridíssimo mundo, precisa desfilar em passarelas? Ou expor sua marca em vitrines luxuosas e cheias de glamour? Muitas vezes esquecemos que para que realmente tenha valor todo esse glamour e toda essa bajulação integrantes dos mercados da moda é necessária uma figura que por muitos é tratada como anônima, invisível desagradável: Os fotógrafos.
Bill Cunningham, icônico repórter fotográfico do maior jornal norte-americano, “The New Yor Times”, era uma exceção interessante. Enquanto a maioria dos “paparazzi” (termo que, aliás, já se tornou pejorativo) é desrespeitada, xingada e até mesmo ofendida pelos famosos, Bill tinha-os como grandes amigos, como se já os conhecesse desde a infância, o que fazia dele querido por todos que por ele eram clicados.
Tudo bem que a maioria dos “paparazzi” pega famosos em momentos inoportunos e situações vexatórias para eles, o que não era o caso de Bill em sua posição. Mas isso não tira seu mérito de conquistar a amizade de tantos ídolos, que em vários casos exigiam que fosse ele a pessoa responsável pelos seus cliques em uma matéria.
Não faltam celebridades que o admiravam e relataram isso neste final de semana. Fazem parte dessa lista Editta Sherman, Polly Mellen (estilista de moda), Annie Flanders (fundadora da revista “Details”) e Anna Wintour (editora chefe da revista Vogue).
Ficam a saudade de Bill e a admiração por um ser humano e profissional que nunca “citou moda”, mas que participou, deixando um grande legado e um verdadeiro manual de instruções aos mais jovens de como se inspirar em ralação ao comportamento para uma profissão.
Um abraço no coração de todas.